Educação do Campo de Tuparetama: RODA DE DIÁLOGO DISCUTIRÁ PESQUISA ESCOLAR NAS COMUNIDADES DO LOGRADOURO E DO ESCONDIDO

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

RODA DE DIÁLOGO DISCUTIRÁ PESQUISA ESCOLAR NAS COMUNIDADES DO LOGRADOURO E DO ESCONDIDO

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SOBRE A CONFERÊNCIA E SEUS OBJETIVOS

O município de Tuparetama, representado por instituições sociais e sindicais, conselhos, estudantes, professores (as), gestores (as) escolares, pais e mães de alunos, órgãos públicos e governo municipal, torna público a realização da Conferência de Educação do Campo: “Compromissos e desafios em busca de uma política pública”.

A Conferência possui caráter deliberativo e apresentará um conjunto de propostas que subsidiará a atualização do Plano Municipal de Educação, com encaminhamentos para a Conferência Nacional de Educação – CONAE -2014 e outras instâncias.

Objetivo Geral: Propor uma política municipal de Educação do Campo, indicando responsabilidades, corresponsabilidades, atribuições e compromissos entre Câmara de Vereadores, Governo Municipal, Secretaria de Educação, escolas, comunidades camponesas, conselhos, associações, instituições públicas, movimentos sociais e sindicais.

Objetivos Específicos:

a) Avaliar as ações de Educação do Campo realizadas no município, verificando resultados e desafios enfrentados.

b) Elaborar propostas para a implementação da Educação do Campo como política municipal;

c) Discutir estratégias de efetivação da Educação do Campo, envolvendo a tríade: campo, política pública e educação;

d) Integrar todas as instâncias públicas, movimentos sociais e sindicais, governo municipal e representantes da sociedade na elaboração de propostas educacionais que valorizem as potencialidades e as especificidades dos povos do campo;

f) Propor a atualização das ações do Plano Municipal de Educação para a inserção da Educação do Campo como política pública.

Em defesa de Políticas Públicas de Educação do Campo

Miguel González Arroyo

Os Movimentos sociais carregam bandeiras da luta popular pela escola pública como direito social e humano e como dever do Estado. Nas últimas décadas os movimentos sociais vêm pressionando o Estado e as diversas esferas administrativas a assumir sua responsabilidade no dever de garantir escolas, profissionais, recursos e políticas educativas capazes de configurar a especificidade da Educação do Campo. No vazio e na ausência dos governos os próprios movimentos tentam ocupar esses espaços, mas cada vez mais cresce a consciência do direito e a luta pela Educação do Campo como política pública.

Uma política pública que parta dos diferentes sujeitos do campo, do seu contexto, sua cultura e seus valores, sua maneira de ver e de se relacionar com o tempo, a terra, com o meio ambiente, seus modos de organizar a família, o trabalho, seus modos de ser mulher, homem, criança, adolescente, jovem, adulto ou idoso; de seus modos de ser e de se formar como humanos. Fazer do povo do campo e dos seus processos de formação o ponto de partida para a formulação de políticas públicas educativas significa garantir o caráter popular destas políticas e sua articulação com um projeto de país e de campo.

Esta visão do campo como espaço que tem suas particularidades e que é ao mesmo tempo um campo de possibilidades da relação dos seres humanos com a produção das condições de sua existência social, confere à Educação do Campo o papel de fomentar reflexões sobre um novo projeto de desenvolvimento e o papel do campo neste projeto. Também o papel de fortalecer a identidade e a autonomia das populações do campo e ajudar o povo brasileiro a compreender que não há uma hierarquia, mas uma complementaridade: cidade não vive sem campo que não vive sem cidade (ARROYO, 2011, p. 14-15).

ARROYO, M.; CALDART, R.; MOLINA, M. (Orgs). Por uma Educação do Campo. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.